sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Meu primeiro sonho do ano.


Durmi na casa da Preta depois dos festejos de réveillon. Não consegui dormir muito bem porque o barulho lá fora era constante e a cadela mel também não me ajudou muito.
Quando o sol saiu fui para casa e só assim consegui dormir durante algumas horas. Sonhei com perseguição. Lembro-me perfeitamente de que confraternizava com algumas pessoas, inclusive a Diana.
Ao sair do apartamento aonde comemorava com amigos me dirigi a um determinado lugar para resolver alguma questão. Não sei exatamente o que tinha que resolver, mas entrei em uma empresa a fim de solucionar a tal pendência. Muitas pessoas trabalhavam neste local. A maioria jovens moças. Acho que fui fazer uma troca, mas não estou certa. Bem... conversei com algumas pessoas do local e havia algo de muito estranho no ar. Senti medo, mas foi um medo sem sentido porque não havia nada que indicasse que eu corria perigo. Resolvi ir embora. Quando cheguei perto da porta de saída percebi que ela estava trancada e de repente me vi numa sala vazia e fechada. Não estava entendendo nada. Então tentei raciocinar com clareza. O pânico nos deixa cegos e impossibilitados de ver as coisas como realmente são. Fui novamente até a porta de saída e percebi que ela não estava trancada. Abri o ferrolho e percebi que havia acesso para a rua, então saí.
Do lado de fora havia dois homens vigiando a saída, mas eles não me impediram de ir embora. Continuei andando como se nada de estranho tivesse acontecido e tomei a avenida. Depois de alguns segundos um menino começou a caminhar ao meu lado. Ele pediu um pouco de minha atenção e me entregou um papel e foi embora. Ao me entregar o bilhete percebi que ele tinha algo diferente em sua aparência. Era um ser humano com características bem peculiares que insinuavam que era um mutante. Ao cumprir sua tarefa saiu correndo sem me dar maiores explicações.
Abri o bilhete e havia uma fórmula para fabricação de três ou dois tipos de perfume. Era uma receita para a elaboração de perfumes com termos muito técnicos. Não entendi o motivo de aquela receita estar em minhas mãos e resolvi seguir caminho sentindo que estava sendo observada. Ao rememorar os últimos acontecimentos desde que saí da empresa lembrei-me que havia um homem que me observava o tempo todo com algum interesse escuso, mas não dei muita importância. Só que ao caminhar fui intuída a fugir bem depressa daquele local. A intuição também disse que eu estava sendo perseguida, mas que eu continuasse minha trajetória sem demonstrar que conhecia o plano arquitetado para me pegarem.
Tomei o primeiro ônibus que passou e, muito aliviada julguei estar fora de perigo, mas aos poucos fui percebendo que aquele ônibus estava cheio de mutantes. Alguns tinham duas cabeças, outros seis dedos, havia mutantes quase imperceptíveis com sinais muito sutis. Estava em perigo e aquele ônibus iria me levar para alguma armadilha. As pessoas não sabiam que eu havia percebido tudo isso, pois tentava agir normalmente. Fingi ter pressa para chegar em algum lugar e resolvi descer. Quando me dirigi para a porta traseira um mutante me seguiu e colocou um sinal em minha mão. Ele fez tudo sutilmente, mas eu percebi. Aquilo era um sinal para que eu fosse barrada na saída. Não sei como eu sabia de tudo isso. Era como se eu recebesse uma mensagem telepática. A voz sugeria que eu seguisse confiante com o plano e continuei me dirigindo para a saída. Quando me afastei do mutante que colocara o sinal em minhas mãos retirei a marca sem que ninguém percebesse. Ao me aproximar da porta de saída um sujeito fez sinal para que eu parasse e mostrasse as mãos. Ao notar que ela não trazia nada de anormal ele me deixou descer fazendo uma cara de quem não estava entendendo nada.
Desci num lugar muito sujo com lixo por todos os lados. Tinha que atravessar todo aquele lixeiro para chegar em uma rua que me daria acesso a uma outra avenida. Neste local três homens em atitude suspeita cochichavam olhando para mim. Parei com o coração aos pulos e eles seguiram em minha direção. Não tinha escolha nenhuma e a única coisa que podia esperar era pelo pior. Continuei andando fingindo ignorar suas más intenções. Fiquei surpresa ao passar por eles sem ser notada. Era como se eu estivesse invisível.
Quando cheguei na avenida me deparei com um obstáculo instransponível. Havia um muro relativamente baixo, mas do outro lado um abismo me separava do meu destino, mesmo assim não perdi a confiança. Foi a partir desse momento que percebi que estava sonhando, então lembrei que nos sonhos nos podemos volitar apenas com a força da vontade. Levantei voo e o abismo diante de mim já não inspirava tanto terror. Lá em cima avistei uma construção enorme. Minha intuição sugeriu que eu fosse até lá. Ao descer entrei naquele enorme galpão. Na entrada estava escrito o nome do espírito Meimei. Senti-me muito aliviada, pois senti que estava segura entre amigos e que ali ninguém poderia me atingir.
Despertei com a mente fervilhando em interrogações.