Por: Patrícia Borges
“Quanto mais inteligente a mulher, tanto mais se afasta o homem.” Friedrich Nietzsche
Antes que me julguem preciso me redimir, pois não admito que Nietzsche ponha palavras em minha boca e muito menos que formule um conceito tão reducionista sobre a figura feminina a ponto de nos transformar em homens de saia. Sua afirmação se baseia num medo inconsciente da emancipação feminina a partir de seu acesso à educação o que de fato aconteceu com a evolução social. Porém, não nos masculinizamos! Isso mesmo, Sr. Nietzsche!! Seu vaticínio não se concretizou. A delicadeza feminina não sucumbiu diante da inteligência, da cultura e da emancipação. Por outro lado tenho todo o direito de contextualizar a afirmação e quem sabe redimir Vossa Senhoria diante desta plêiade de mulheres modernas e inteligentes. “Quanto mais inteligente a mulher, tanto mais se afasta o homem.” Vamos então equacionar esse pequeno problema de hermenêutica . Novos tempos, novos paradigmas e novo olhar sobre o passado para compreendermos a razão deste pensamento do grande filósofo Friedrich Nietzsche. Sabemos que a participação da mulher nos rumos dos principais acontecimentos do mundo ocorreu de forma bem discreta. Atuando como coadjuvante dentro do longo processo que culminou com sua libertação da posição de serviçal do homem. A desproporcionalidade da força física foi um elemento para a repercussão dessa dominação. Porque a força da mulher não estava presente na sua frágil anatomia, mas em sua arguta inteligência. Havia um temor latente no inconsciente masculino acerca dessa potencialidade por isso tivemos que nos submeter porque a barbárie predominava. Era a lei do mais forte, meu amigo! Os marmanjos dominavam a parada, entendeu? A estratégia era mantê-las distante de qualquer artifício que pudesse equipará-las ao homem. Para eles o poder residia na força física, mas foi a fragilidade física da mulher que proporcionou a ela um maior uso da inteligência para se superar. Enquanto eles saíam para a caça, para a guerra e para as orgias, era ela que dedicava seu tempo na lida com as atividades domésticas, na educação dos filhos e na introspecção. Enquanto o homem olhava para fora, a mulher olhava para dentro de si mesma e este fato aliado à maternidade (duvido que haja outro momento em que a mulher seja mais introspectiva do que nessa fase), à subserviência e à subestimação nos trouxe até aqui. Reorganizando um pouco as ideias posso concluir que “quanto mais inteligente a mulher, tanto mais se afasta o homem”. É que enquanto o homem evolui em escala aritmética, a mulher evolui em escala geométrica. Está explicada a teoria de Nietzsche. Sendo assim eu o redimo de todos os seus pecados contra a mulher (rs). *****************************************************************
